“Tem sido muito bom trabalhar com você, Patrick.”
É com dificuldade e pesar que escrevo esta Review. Depois de 7 anos acompanhando a série, afeiçoando-se a seu enredo e personagens fica aquele clima de saudades e nostalgia no ar. Ok, teve lá seus defeitos, pontas soltas, desfecho completamente decepcionante para o serial Killer tão comentado e superestimado – sim, refiro-me a Red John – mas gosto sempre de analisar pelo conjunto da obra, e sob tal ponto de vista, não me arrependo de nenhum momento gasto vendo The Mentalist! Sobretudo a série teve um ótimo atrativo, bons personagens, do tipo cativam o telespectador de um tanto… De modo que apesar de maus momentos, acompanhamos a saga até o fim. Por esse prisma, sensacional um desfecho que não só fez paralelo à história de Patrick Jane, como levou-o de volta ao começo, ao tempo em que bancava o vidente na mídia, ajudando a polícia a resolver crimes. Desta vez, como forma de atrair o serial Killer da vez, cuja última viva era o jovem suposto vidente, Gabriel Osbourne. Aqui, felizmente, conforme eu já esperava, Heller confirmou algo sempre frisado durante o decorrer da série, não existem videntes. Gabriel era só um jovem esperto e habilidoso, e tinha delírios causados por uma doença, talvez levando-o a acreditar possuir tal dom.
Tork, um ex-agente do CBI reaparece pra ajudar a equipe e sugere ser o próprio Mentalista a isca para atrair o culpado. Numa inversão de papéis, considerando-se os últimos episódios, dessa vez é Lisbon a temer pela segurança de Jane. Como de praxe, ele impressiona com suas habilidades – repito, pra mim ele é o Sherlock do século XXI – fazendo as pessoas a sua volta acreditarem em genuíno dom de vidência. Assim, atrai-se o assassino, que num programa de rádio, por telefone, usa o pseudônimo de Lazarus.
Apesar de todo esquema de segurança, ele captura o protagonista. A partir daí, aquele clima tenso, enquanto a equipe corre contra o tempo no intuito de salvá-lo. Não vou me estender em detalhes. Os destaques vão pra Lisbon que demonstra ter aprendido bastante com Jane ao interrogar um professor cujas informações levariam ao suspeito. E ao Wyllie, o carinha nerd e tímido da informática, cujo desempenho como agente vinha numa crescente e, que foi atrás de pistas nada convencionais, sob uma ótica a la Jane, visando um eficaz desfecho do caso. E também ao agente Kimbal Cho, que enfim pode demonstrar um pouco de sua capacidade de liderança, seja determinando um a um, a tarefa dos membros da equipe, ou dando força a um membro inseguro na equipe, neste caso: Wyllie.
Ele foi fundamental no caso, levando o FBI na pista certa do porque o serial Killer coletar sangue das vítimas. Pesquisou e descobriu qual crença de ocultismo os levaria ao suspeito. E assim chegou-se a Lazarus, vulgo Josepeh Keller. Um doido, que mantida o corpo mumificado do pai e estava atrás de um vidente para contatar o seu espírito. Jane usou de sua lábia para ludibriar Keller, ganhar tempo para apreender o necessário e encenar uma comunicação com o além. Bolou também uma armadilha, causando uma explosão no cativeiro, no qual Lisbon estava a caminho para encontrá-lo, ao seguir as pistas.
White Orchids – Caso aparentemente resolvido, foi a vez de brindar a maior parte do fandom, o qual carinhosamente chamo de team Jisbon, que há tempos ansiava pela junção do casal. E não se pode negar o quão emocionante foi, ver o mentalista se abrindo, como nunca antes! Confessando ainda não ter se livrado do antigo anel de casamento, devido a ele não ser somente um símbolo de seu passado, mas também de seu futuro. E por ser a causa de haver conhecido Lisbon. Emocionante ver os preparativos, a dúvida sobre realizar ou não uma grande festança! E como alívio cômico, ver Jane dar uma dura no vendedor da loja de joias que planejava dar o golpe em outros clientes. Nem tudo são flores, Keller sobreviveu à explosão e almeja vingança.
De certa forma, outro breve paralelo com a história inicial do protagonista. Contudo, o FBI altamente equipado, também descobre tal fato e toma providências. A priori, Denis Abbott e Cho escondem a informação de Jane e Lisbon, ainda assim, tomando todas as providências cabiveis para frustrar os planos de Keller. Todavia numa conversa franca entre Jane e Abbott, a verdade acaba por ser revelada. Outra cena aliás, emocionante. Quem viu sabe! Principalmente porque esta temporada mostrou um outro lado do personagem Abbott, um lado mais humano. O próprio mentalista vinha sendo mostrado como alguém mais empático, aberto à amizades. Ele confessa a Lisbon e os dois decidem fugir, mudando os planos de casarem na casa de Abbott. Combinam de ir próximos a uma cabana que Jane comprara.
Aqui, todo um clima levando a crer que Keller conseguiria fazer algum estrago, porém o FBI mostrou uma excelente performance e o assassino foi preso. Tendo-se o Happy End com o casamento, juras de amor e Jane tendo a surpresa de saber que terá uma nova família, pois Lisbon está grávida! Nesta parte, li comentários de quem esperava mais emoção, talvez Keller demorar a ser capturado, ou atrapalhar por alguns instantes o casamento e ter um tiroteio, ou perseguição, sei lá. Contudo, acredito que seria só um prolongar com algo clichê, ou pura enrolação mesmo! E confesso, não gosto muito de seriados ou filmes que avacalham com a imagem do FBI.
Considerando também o desenrolar da história sofrida do Jane, tava mais do que na hora de ter uns instantes de felicidade e preocupação. No mais, foi um series finale, bem acabado, sem ponta solta e, embora alguns venham a dizer, típico de último capítulo de novela, tem tudo para agradar aos fãs. Apesar de que, sei bem, serei sempre suspeita pra falar. Agradeço a quem acompanhou minhas reviews sobre a série, comentou… E vocês gostaram?
Observações:
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Olha que para um episódio duplo, até me contive um pouco, não me prolonguei por demais, ou o fiz? rs
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Vou sentir saudades, sobretudo, do riso cínico e debochado de Patrick Jane e de tentar adivinhar qual seria a artimanha da vez a fim de solucionar os casos
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Risgby e Van Pelt também deram o ar da graça no desfecho, Heller pensou nos fãs, valeu! Sucesso em Gotham!!
Republicou isso em Garota Hiperbólica.
Lilly sabe que eu até que gostei? Apesar de ter ficado aquela Lista, que About , bem mencionou com Janne!Eu gostei, pq afinal mesmo Red John ter sido, eliminado tipo “Simples Assim” a serie não tinha mais oque explorar além da lista é claro! Mas se estendesse correria o risco de ficarmos com um gosto, de “ECA que droga” mas pelo menos mesmo, parecendo um Final dequase de novela, fiquei imaginando como Seria Lisbon Gravida, Janne Papai! Enfim Gostei, e Choo como Líder pra mim foi o melhor! Bjos
Sim, isso da lista e da associação Blake ficaram sem sentido, mas dos males o menor, no conjunto da obra a série foi ótima, terminou bem e até aquele Happy end típico de novela foi legal porque Jane já havia sofrido muito e merecia um pouco de felicidade!!